sexta-feira, junho 26, 2009

TUDOAOMESMOTEMPOAGORA

Começo a escrever este POST às 4:44h de Sexta-feira, 26 de Junho de 2009.

Chega uma hora que o cérebro parece que vai fritar. Sinto dores locais no meu cerebelo. É sério! O que se passa na minha cabeça? Simples. Há 36 anos eu vivo para os outros. É assim que me sinto hoje. Lembrando de situações no passado que confirmam essa minha afirmação posso dizer até que dos 36 anos de minha vida, apenas 2 eu vivi para mim. e, certamente não foram esses dois últimos.

Há cerca de 8 anos, minha namorada da época terminava um relacionamento de quase 4 anos comigo. Ela seria a minha esposa nos meus planos de então. Liguei a um amigo pedindo ajuda e a mesma foi bastante parca: "Ai, cara. Não sei o que dizer. Você é quem sabe o que falar numa hora dessas. Imagina que eu sou você e dá o conselho que você daria a mim."

De fato eu sempre soube o que dizer em horas extremas. Quem ligou para todas as amigas idosas de minha avó para dar a notícia de sua morte fui eu. Tarefa difícil. Mas eu mantive a linha. Detalhe: A avó que eu sempre gostei mais. A que morreu de repente. Longe. Sem dar aviso. Sofri muito, mas alguém precisava "ser forte". Eu fui.

Há 6 anos eu voltei de Indaiatuba para São Paulo. Fiquei alojado numa sala da minha primeira casa. Sim sala, pois a cara virou um escritório. A sala não tinha vidro na janela e era exatamente essa época do ano. Minto. Era início de Maio. Morava toscamente. Dormia num colchão que já não tinha espuma fazia tempo. Com cobertores de lã antigos (Parahyba) e um par de lençóis. Recebi, de braços abertos, meu namorado. Fugindo se seus pais autoritários e preconceituosos. Ficamos juntos outros 4 anos. Consegui um apartamento. Um fiador. A mudança.

Há dois anos esse relacionamento acabou. Casa livre, cedi espaço a uma colega necessitada. Encostou demais. Não saía do telefone. Resultado: R$ 860,00 no primeiro mês; R$ 640,00 no segundo; R$ 1.365,00 no terceiro mês. Seguido de um sermão e um convite à vida real.

Tendo essa pessoa saído, mais uma vez vago o quarto de hóspedes, convidei um amigo para viver comigo. Foi um ano muito bom. Quase um ano. Os primeiros meses, não cobrei aluguel. Afinal, ele tinha contas para acertar. Nos últimos, a presença do namorado desempregado dele em casa me incomodou. Isso somado a um pequeno problema de saúde meu, culminou com a decisão de sair do apartamento. Eles saíram, eu fiquei.

No final de Agosto do ano passado, no meio de uma reunião com meus irmãos e meu pai, tive que ser internado às pressas por um problema ortopédico (que foi diagnosticado inicialmente como vascular) que me rendeu uns bons 45 dias de afastamento do emprego. Nestes 45 dias recebi visitas de amigos em 40. De familiares... em 4. Detalhe: Não podia andar, nem por o pé no chão. Quem dirá cozinhar, descer para passear com os cães, pegar a pizza e a comida chinesa... Mas, mais uma vez, me virei sozinho. (Os amigos vinham pra bagunçar.)

A reunião com os irmãos e o pai era para ajudar o velho financeiramente. Acertado. Dividiríamos a conta em 4. Uma parte pra cada filho e uma para o pai. Justo.

Desde que sarei da perna, procuro um lugar para morar. Encontrei alguns, mas sempre esbarrei nas exigências de garantia que o proprietário solicita. Pedi ajuda ao meu pai. Não. À minha irmã. Não. À minha mãe. Não.

Ok. Também não esperem mais minha ajuda.

Convidei um amigo (cujo irmão de 19 anos morreu de câncer em Maio de 2008) para vir a São Paulo. Daria moradia e arranjaria emprego para ele. Dito e feito. Chegou em Dezembro. Em Fevereiro já estava trabalhando. Ganha bem, hoje. Mas já não precisa mais morar comigo. Ele saiu de casa...Tá. Fui um pouco estúpido com ele. Eu sou muito grosso. Gritei com ele e ele decidiu ir embora. Orgulhoso, não atende minhas ligações. Paciência. Ah! Não pagou nenhum nenhum centavo de aluguel desde Março. (Porque Janeiro e Fevereiro nem tinha como cobrar, né? Sou grosso, mas não sou carrasco.) Brigamos na madrugada do dia 13 último. Treze dias hoje.

Mas esse mês de Junho... Ah...esse mês...

Percebi que o problema não é que "Eu ajudo todo mundo e ninguém me ajuda". Eu não ajudo as pessoas querendo alguma coisa em troca. Eu simplesmente ajudo. Faz parte da minha natureza. Me sinto um trouxa. Um verdadeiro babaca. Não por ajudar, mas por imaginar que alguém vá me ajudar. A única pessoa que pode me ajudar sou eu. E ponto final.

As coisas não estão bem para mim. E, de verdade? Nem sei se vão ficar. Mas estou fazendo o máximo que posso. Pendências financeiras e jurídicas chegaram ao clímax nessa última semana. Larguei meu emprego para viajar e sou informado que preciso deixar meu apartamento em uma semana. Decido ir viajar mesmo assim e meu cão apresenta um problema que deve ser tratado e medicado. Nos últimos dias para resolver tudo isso, minha mãe vai para o hospital e a única pessoa com disponibilidade para ficar com ela quem é?

E sou obrigado a escutar que tudo vai se resolver. Ah! Faça-me o favor! Tudo vai SE resolver??? Desde quando as coisas resolvem-se sozinhas?

Onde eu vou morar?

Quem fica com os cachorros?

E o dinheiro pra mudança?

Há! Há! Há!

Agora são 5:34h do primeiro dia do resto da minha vida, mas eu não posso começar a resolver nada enquanto minha mãe não voltar da endoscopia...
...mas ela ainda não foi. Está dormindo. O exame só pode ser após as 8 da manhã.

quinta-feira, junho 25, 2009

MICHAEL JACKSON - O Grande Milagre Americano

Nasceu homem, negro e pobre. Morreu mulher, branca e rica.

quinta-feira, junho 18, 2009

Do Começo Ao Fim

http://www.youtube.com/watch?v=Gr3Z2_YOQ8A

Nunca tinha visto um trailer de qualquer filme brasileiro que me desse tanta vontade de assistir...
... Um incrível trabalho de fotografia, direção e interpretação que me fez quase gritar...
Isso porque eu nem vi o filme (não entrou em cartaz ainda)... mas mal posso esperar.

Leia essa reportagem aqui: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/05/12/do-comeco-ao-fim-de-aluizio-abranches-causa-polemica-antes-mesmo-da-estreia-755826138.asp

E, se não ficar com vontade de assistir esse filme... você não precisa mais voltar aqui!