quarta-feira, julho 01, 2009

Acreditar é monótono, duvidar é apaixonante...

Assisti ao filme DUPLICITY com Clive Owen e Julia Roberts. Eles são ambos ex-espiões de agências diferentes que têm um plano e um caso de amor. Porém não confiam um no outro e vivem discutindo entre si, levantando hipóteses de traição, mentiras e falsidade.

E vivem felizes para sempre em HOLYWOOD.

Não acho que você deva desconfiar de tudo que a pessoa com quem você se relaciona diz e faz, mas uma certa insegurança é um tempero essencial para uma vida a dois no mínimo interessante.

Querer saber tudo o que o outro pensa é, pra dizer o mínimo, um grande erro. De verdade? Eu não quero saber se você me ama. Eu assumo que você só se relacione com pessoas que goste. Não sou muito fã de masoquistas. Também não acho que um olhar ou um gesto queiram dizer EXATAMENTE o que eu acho que querem dizer. É só a MINHA LEITURA.

O ser humano peca por acreditar que depois de algum tempo de relacionamentos vividos já conhece os comportamentos do seu par. Somos mais de 6 bilhões de pessoas no planeta. Indivíduos com comportamentos únicos, reações ímpares e expectativas distintas. COMO alguém pode ter a pretensão de acreditar que SABE o que a outra está pensando?

E como alguém pode iniciar uma discussão por conta dessa presunção?

Para ser feliz em qualquer relacionamento, a dúvida DEVE estar presente. A certeza é o ingrediente que mais me faz brochar com alguém. Perco o interesse. Mesmo.

Duvidar não é querer saber. É não acreditar e ponto. Como alguém pode ser realmente feliz tendo certeza de tudo? E nem espere que a outra pessoa viva "provando" alguma coisa para você... Isso não é relacionamento, é paranóia.

"Acreditar é monótono, duvidar é apaixonante, manter-se alerta: eis a vida!" (Oscar Wilde)