Mal... ninguém é. Porque ninguém é Bem (o oposto de Mal). E "Mau" fui eu, com esse sarcasmo todo nessa resposta!
Espetáculo
O show tem que continuar!
domingo, agosto 29, 2010
O que tem aprendido ultimamente? ( não vale Crtl+V do post do Espetáculo )
Tenho aprendido que gerir pessoas é muito mais difícil que ser controlador de vôo!
domingo, agosto 22, 2010
APÓS ALGUM TEMPO
“Após algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre estender uma mão e encarcerar uma alma.
E você aprende que amar não significa amparar a si mesmo, e que companhia nem sempre significa segurança.
E você aprende que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
E você começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos firmes à frente, com a graça de um adulto, não a tristeza de uma criança.
Você aprende a construir as estradas do hoje, pois a terra do amanhã é muito desconhecida para se fazer planos e o futuro normalmente acontece do nada.
Após um tempo você aprende que o sol queima se você se expuser a ele por muito tempo.
E você aprende que não importa o quanto você se interessa, algumas pessoas simplesmente não dão a mínima.
E você aceita que não importa quão bom alguém pode ser, que este alguém vai te magoar de vez em quando e que você deve perdoá-lo por isso.
E você aprende que falar pode trazer alívio para uma dor emocional.
Você aprende que leva anos para construir confiança e bastam segundos para destruí-la, e que você pode fazer em um segundo coisas das quais se arrependerá para o resto de sua vida…
Você aprende que amizade continua crescendo mesmo com a distância e que o que importa não é o que você tem mas sim o que você é.
E você aprende que você não tem que mudar de amigos se você entender que amigos mudam, e você percebe que você e seu amigo podem fazer tudo ou nada e mesmo assim se divertirem juntos.
E você aprende que as pessoas que você gosta mais são levadas de você rápido demais, e por isso nós devemos sempre dizer coisas carinhosas para aqueles a quem amamos, pois poderá ser a última vez que os vemos...
E você aprende que não deve se comparar aos outros, mas sim ao melhor que você pode vir a ser.
Você aprende que levará muito tempo até você se tornar a pessoa que quer, e que a vida é muito curta.
E você aprende que não interessa aonde você já chegou, mas para onde você está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Você aprende que ou você controla suas ações ou elas irão te controlar, e que ser flexível não significa que você está sendo fraco, ou que você não tem personalidade, pois não importa quão delicada e frágil é uma situação, sempre haverá os dois lados dela.
E você aprende que heróis são aqueles que fizeram apenas o que era necessário...
Você aprende que paciência requer muita prática.
Você descobre que às vezes a pessoa que você supõe que vai te chutar quando você cair, é uma entre as poucas que te ajudarão a levantar.
Você aprende que maturidade tem a ver com as experiências que você teve e o que você aprendeu com elas, e não com quantos aniversários você já comemorou.
Você aprende que há mais de seus pais em você do que você acha.
Você aprende que nunca deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Você aprende que quando você está zangado você tem o direito de estar zangado, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Você aprende que só porque alguém não te ama da maneira como você gostaria, não significa que essa pessoa não sabe amar, e ele(a) te ama o tanto quanto consegue, pois há pessoas que te amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar
Você aprende que ser perdoado nunca é suficiente, às vezes você precisa aprender a perdoar a si mesmo.
Você aprende que com a mesma severidade com a qual você julga, você irá, algum dia, ser condenado.
Você aprende que não importa em quantos pedaços seu coração quebrou, o mundo não vai parar pra você consertá-lo.
Você aprende que não se pode voltar no tempo, então você deve cuidar do seu jardim, em vez de esperar que alguém traga flores.
E você aprende que realmente consegue suportar, que você é realmente fortee que você pode ir mais adiante do que pensa, e que a vida tem valor e você tem valor perante a vida!
E você aprende que nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderíamos conseguir, se não fosse o medo de tentar.”
Traduzido por Rodrigo Borges em 20 de Agosto de 2010
Não incluo o autor porque não sei se é de William Shakespeare ou de Veronica A. Shoffstall:
E você aprende que amar não significa amparar a si mesmo, e que companhia nem sempre significa segurança.
E você aprende que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
E você começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos firmes à frente, com a graça de um adulto, não a tristeza de uma criança.
Você aprende a construir as estradas do hoje, pois a terra do amanhã é muito desconhecida para se fazer planos e o futuro normalmente acontece do nada.
Após um tempo você aprende que o sol queima se você se expuser a ele por muito tempo.
E você aprende que não importa o quanto você se interessa, algumas pessoas simplesmente não dão a mínima.
E você aceita que não importa quão bom alguém pode ser, que este alguém vai te magoar de vez em quando e que você deve perdoá-lo por isso.
E você aprende que falar pode trazer alívio para uma dor emocional.
Você aprende que leva anos para construir confiança e bastam segundos para destruí-la, e que você pode fazer em um segundo coisas das quais se arrependerá para o resto de sua vida…
Você aprende que amizade continua crescendo mesmo com a distância e que o que importa não é o que você tem mas sim o que você é.
E você aprende que você não tem que mudar de amigos se você entender que amigos mudam, e você percebe que você e seu amigo podem fazer tudo ou nada e mesmo assim se divertirem juntos.
E você aprende que as pessoas que você gosta mais são levadas de você rápido demais, e por isso nós devemos sempre dizer coisas carinhosas para aqueles a quem amamos, pois poderá ser a última vez que os vemos...
E você aprende que não deve se comparar aos outros, mas sim ao melhor que você pode vir a ser.
Você aprende que levará muito tempo até você se tornar a pessoa que quer, e que a vida é muito curta.
E você aprende que não interessa aonde você já chegou, mas para onde você está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Você aprende que ou você controla suas ações ou elas irão te controlar, e que ser flexível não significa que você está sendo fraco, ou que você não tem personalidade, pois não importa quão delicada e frágil é uma situação, sempre haverá os dois lados dela.
E você aprende que heróis são aqueles que fizeram apenas o que era necessário...
Você aprende que paciência requer muita prática.
Você descobre que às vezes a pessoa que você supõe que vai te chutar quando você cair, é uma entre as poucas que te ajudarão a levantar.
Você aprende que maturidade tem a ver com as experiências que você teve e o que você aprendeu com elas, e não com quantos aniversários você já comemorou.
Você aprende que há mais de seus pais em você do que você acha.
Você aprende que nunca deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Você aprende que quando você está zangado você tem o direito de estar zangado, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Você aprende que só porque alguém não te ama da maneira como você gostaria, não significa que essa pessoa não sabe amar, e ele(a) te ama o tanto quanto consegue, pois há pessoas que te amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar
Você aprende que ser perdoado nunca é suficiente, às vezes você precisa aprender a perdoar a si mesmo.
Você aprende que com a mesma severidade com a qual você julga, você irá, algum dia, ser condenado.
Você aprende que não importa em quantos pedaços seu coração quebrou, o mundo não vai parar pra você consertá-lo.
Você aprende que não se pode voltar no tempo, então você deve cuidar do seu jardim, em vez de esperar que alguém traga flores.
E você aprende que realmente consegue suportar, que você é realmente fortee que você pode ir mais adiante do que pensa, e que a vida tem valor e você tem valor perante a vida!
E você aprende que nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderíamos conseguir, se não fosse o medo de tentar.”
Traduzido por Rodrigo Borges em 20 de Agosto de 2010
Não incluo o autor porque não sei se é de William Shakespeare ou de Veronica A. Shoffstall:
sábado, junho 12, 2010
After Some Time
After some time you learn the difference, the subtle difference between giving a hand and fettering a soul;
And you learn that to love doesn't mean to support yourself, and that company doesn't always mean security.
And you learn that kisses are not contracts and that gifts are not promises.
And you start to accept your loss with your head up and eyes straight ahead, with the grace of a grown-up, not the sadness of a child.
You learn to build the roads of today, because tomorrow's land is too unknown to make plans and the future usually falls from nowhere.
After a while you learn that the sun burns if you expose yourself to it for very long.
And you learn that it doesn’t matter how much you care, some people just don’t.
And you accept that it doesn’t matter how good someone can be, they will hurt you once in a while and you have to forgive them for that.
And you learn that talking can be a relief to emotional pain.
You learn that it takes years to build trust and just seconds to destroy it, and you can do things in a second that you will regret for the rest of your life…
You learn that friendship continuous to grow even with the distance and that what matters is not what you have in life, but who you are in life.
And you learn that you don’t have to change friends if you understand that friends change, and you realize that you and your friend can do nothing or everything and still have good times together.
And you learn that the people you care the most are taken away from you too fast, that is why we should always say caring things to those we love, because it might be the last time we see them…
And you learn that you shouldn’t compare yourself to others, but to the best you can become.
You learn that it takes a long time for you to become the person you want to be, and that life is too short.
And you learn that it doesn't matter where you've already gotten to, but where you are going, and if you don't know where you're going, anywhere will do.
You learn that either you control your acts or they will control you, and that being flexible doesn't mean you are being weak, or that you don't have a personality, for no matter how delicate and fragile a situation is, there are always two sides of it.
And you learn that heroes are those that did only what was necessary...
You learn that patience requires a lot of practice.
You find out that sometimes the person that you expect to kick you when you fall, is one of the few that will help you up.
You learn that maturity is about what kind of experiences you’ve had and what you’ve learned from them, not how many birthdays you have already celebrated.
You learn that there's more of your parents in you than you suppose.
You learn that you should never tell a child that dreams are foolishness, few things are so humiliating that it would be a tragedy if he believed that.
You learn that when you are angry you have the right to be angry, but that does not give you the right to be cruel.
You learn that just because someone doesn't love you the way you want to be loved, it doesn't mean that the person doesn't know how to love, and s/he loves you as much as s/he can, because there are people who love you, but simply don't know how to show it.
You learn that being forgiven is never enough, sometimes you have to learn to forgive yourself.
You learn that with the same harshness that you judge, you someday, will be condemned.
You learn that no matter how many pieces your heart was broken into, the world doesn't stop so you can fix it.
You learn that you cannot go back in time, so you have to take care of your garden and not wait for someone to bring you flowers.
And you learn you can really bear it, that you're really strong and that you can go farther than you think, and that life has a value and you have a value before life!
And you learn that our doubts are disloyal and that makes us lose what we could achieve, if it weren’t for the fear of trying.
Não incluo o autor porque não sei se é de William Shakespeare ou de Veronica A. Shoffstall
And you learn that to love doesn't mean to support yourself, and that company doesn't always mean security.
And you learn that kisses are not contracts and that gifts are not promises.
And you start to accept your loss with your head up and eyes straight ahead, with the grace of a grown-up, not the sadness of a child.
You learn to build the roads of today, because tomorrow's land is too unknown to make plans and the future usually falls from nowhere.
After a while you learn that the sun burns if you expose yourself to it for very long.
And you learn that it doesn’t matter how much you care, some people just don’t.
And you accept that it doesn’t matter how good someone can be, they will hurt you once in a while and you have to forgive them for that.
And you learn that talking can be a relief to emotional pain.
You learn that it takes years to build trust and just seconds to destroy it, and you can do things in a second that you will regret for the rest of your life…
You learn that friendship continuous to grow even with the distance and that what matters is not what you have in life, but who you are in life.
And you learn that you don’t have to change friends if you understand that friends change, and you realize that you and your friend can do nothing or everything and still have good times together.
And you learn that the people you care the most are taken away from you too fast, that is why we should always say caring things to those we love, because it might be the last time we see them…
And you learn that you shouldn’t compare yourself to others, but to the best you can become.
You learn that it takes a long time for you to become the person you want to be, and that life is too short.
And you learn that it doesn't matter where you've already gotten to, but where you are going, and if you don't know where you're going, anywhere will do.
You learn that either you control your acts or they will control you, and that being flexible doesn't mean you are being weak, or that you don't have a personality, for no matter how delicate and fragile a situation is, there are always two sides of it.
And you learn that heroes are those that did only what was necessary...
You learn that patience requires a lot of practice.
You find out that sometimes the person that you expect to kick you when you fall, is one of the few that will help you up.
You learn that maturity is about what kind of experiences you’ve had and what you’ve learned from them, not how many birthdays you have already celebrated.
You learn that there's more of your parents in you than you suppose.
You learn that you should never tell a child that dreams are foolishness, few things are so humiliating that it would be a tragedy if he believed that.
You learn that when you are angry you have the right to be angry, but that does not give you the right to be cruel.
You learn that just because someone doesn't love you the way you want to be loved, it doesn't mean that the person doesn't know how to love, and s/he loves you as much as s/he can, because there are people who love you, but simply don't know how to show it.
You learn that being forgiven is never enough, sometimes you have to learn to forgive yourself.
You learn that with the same harshness that you judge, you someday, will be condemned.
You learn that no matter how many pieces your heart was broken into, the world doesn't stop so you can fix it.
You learn that you cannot go back in time, so you have to take care of your garden and not wait for someone to bring you flowers.
And you learn you can really bear it, that you're really strong and that you can go farther than you think, and that life has a value and you have a value before life!
And you learn that our doubts are disloyal and that makes us lose what we could achieve, if it weren’t for the fear of trying.
Não incluo o autor porque não sei se é de William Shakespeare ou de Veronica A. Shoffstall
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
quarta-feira, janeiro 27, 2010
Feliz Aniversário
De repente abri os olhos e lá estava ela!
Linda como sempre! Com mesmos olhos cinza-escuros me observando. Mas eles tinham agora um brilho diferente. Ou o mesmo brilho que tinham da primeira vez que a vi e me apaixonei.
A via todos os dias, desde então. Porém, sem perceber, deixei que a rotina embaçasse a sua imensa beleza.
E então eu a redescobri. Foi lindo! Olhava para ela como se fosse a primeira vez novamente. Descobrindo cada imperfeição. Cada detalhe único. Como que querendo memorizar, gravando na minha retina uma por uma, as menores nuances da sua feição.
Aí eu percebi! Era seu aniversário! Eu havia esquecido! Não me perdoaria nunca!
Mas não. Ela não disse nada. Era seu aniversário. Ela estava toda feliz. Ela estava em festa. E me perdoou.
Linda como sempre! Com mesmos olhos cinza-escuros me observando. Mas eles tinham agora um brilho diferente. Ou o mesmo brilho que tinham da primeira vez que a vi e me apaixonei.
A via todos os dias, desde então. Porém, sem perceber, deixei que a rotina embaçasse a sua imensa beleza.
E então eu a redescobri. Foi lindo! Olhava para ela como se fosse a primeira vez novamente. Descobrindo cada imperfeição. Cada detalhe único. Como que querendo memorizar, gravando na minha retina uma por uma, as menores nuances da sua feição.
Aí eu percebi! Era seu aniversário! Eu havia esquecido! Não me perdoaria nunca!
Mas não. Ela não disse nada. Era seu aniversário. Ela estava toda feliz. Ela estava em festa. E me perdoou.
sábado, janeiro 23, 2010
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Você não soube me amar!
Como EU amo?
Dizem que no momento em que nasci, o planeta Vênus estava transitando pela constelação de Aquário.
Para mim, a amizade vem em primeiro, segundo e terceiro lugar no escopo de relacionamentos. Se não houver amizade antes, amor nenhum nascerá. Eu admiro inteligência e liberdade dentro do relacionamento para manter meus interesses. Esqueça os grudes, mas prepare-se para ter ao lado um companheiro e tanto!
Vantagem: Alguém que se dispõe a conversar com você acima de tudo!
Desvantagem: Surtos de frieza e de desinteresse, que têm mais origem na distração do que num real desinteresse.
Como lidar comigo: Evite demonstrar carência excessiva. Tendo Vênus em Aquário eu realmente detesto "gente pela metade", que espera pelo príncipe encantado.
Possíveis presentes ideais: Qualquer coisa eletrônica. Se o objeto tem botão de liga e desliga e é ativado por eletricidade, eu provavelmente adorarei! Roupas e jóias diferentes, de vanguarda também!
O pior que você poderia fazer: Tentar me "prender". Sumirei em questão de segundos caso me sinta pressionado.
Dizem que no momento em que nasci, o planeta Vênus estava transitando pela constelação de Aquário.
Para mim, a amizade vem em primeiro, segundo e terceiro lugar no escopo de relacionamentos. Se não houver amizade antes, amor nenhum nascerá. Eu admiro inteligência e liberdade dentro do relacionamento para manter meus interesses. Esqueça os grudes, mas prepare-se para ter ao lado um companheiro e tanto!
Vantagem: Alguém que se dispõe a conversar com você acima de tudo!
Desvantagem: Surtos de frieza e de desinteresse, que têm mais origem na distração do que num real desinteresse.
Como lidar comigo: Evite demonstrar carência excessiva. Tendo Vênus em Aquário eu realmente detesto "gente pela metade", que espera pelo príncipe encantado.
Possíveis presentes ideais: Qualquer coisa eletrônica. Se o objeto tem botão de liga e desliga e é ativado por eletricidade, eu provavelmente adorarei! Roupas e jóias diferentes, de vanguarda também!
O pior que você poderia fazer: Tentar me "prender". Sumirei em questão de segundos caso me sinta pressionado.
domingo, janeiro 17, 2010
Speechless...
... gostaria de estar sem palavras como na entrega do OSCAR® ou por causa de uma Festa Surpresa pelo meu aniversário. Gostaria de não saber o que dizer por ter tanta coisa para falar e não saber por onde começar. Mas não.
Estou sem palavras porque a porta que eu via aberta, está fechando e a luz no final do túnel, está mais fraca...
E se eu estiver certo? E se eu estiver errado? E se não tentarmos? Como vamos saber?
Estou sem palavras porque a porta que eu via aberta, está fechando e a luz no final do túnel, está mais fraca...
E se eu estiver certo? E se eu estiver errado? E se não tentarmos? Como vamos saber?
sexta-feira, janeiro 15, 2010
O Aprendizado
"Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias." Lao-Tsé
Aprender não significa acumular conhecimento, mas administrá-lo.
Ontem e anteontem discuti com um grande amigo. Ele dizia que eu era insensível, que me comportava como se soubesse tudo e não entendia o fato de que ele não havia tido o mesmo número de experiências que eu. Fato. Realmente eu me comporto com certa indiferença quando ouço algumas reclamações "reincidentes".
Falar sobre coração partido, amor não correspondido, desilusões com parentes e familiares... Mais fácil (e proveitoso) procurar alento em um livro de auto-ajuda.
Sou um provocador por natureza. O pouco que eu já aprendi, aprendi na marra. E foi ótimo! Sei que ainda tenho muito a aprender e, principalmente, a entender. Mas o básico, na minha opinião (sempre), eu já saquei:
- Não adianta perder a paciência com pessoas ignorantes.
- As coisas nunca têm o peso que nós acreditamos que elas têm.
- Nenhum conselho funciona para você. Só para o outro.
Tá! Sou um pouco arrogante sim. Altivo. Mas talvez essa seja uma máscara que me ajuda a caminhar através das minhas adversidades. Assim como há pessoas com máscara de carência, de timidez, de felicidade ou de melancolia. Minha arrogância é superficial. Conheça-me e eu não te devoro!
Relaciono-me com todo o tipo de gente, mas não tolero burrice... preconceito? Talvez sim, talvez não. Porém os meus preferidos são os adolescentes! Minha efebofilia tem uma justificativa. A adolescência é a fase da vida onde mais temos estímulos para o aprendizado. Sexo, amor, amizade, família e cobranças de todos os lados. Qual a estratégia usada para administrar tantas crises internas? Não sei. Varia.
E assim continuarei minha epopéia rumo ao sentido da (minha) vida! Ou não.
Aprender não significa acumular conhecimento, mas administrá-lo.
Ontem e anteontem discuti com um grande amigo. Ele dizia que eu era insensível, que me comportava como se soubesse tudo e não entendia o fato de que ele não havia tido o mesmo número de experiências que eu. Fato. Realmente eu me comporto com certa indiferença quando ouço algumas reclamações "reincidentes".
Falar sobre coração partido, amor não correspondido, desilusões com parentes e familiares... Mais fácil (e proveitoso) procurar alento em um livro de auto-ajuda.
Sou um provocador por natureza. O pouco que eu já aprendi, aprendi na marra. E foi ótimo! Sei que ainda tenho muito a aprender e, principalmente, a entender. Mas o básico, na minha opinião (sempre), eu já saquei:
- Não adianta perder a paciência com pessoas ignorantes.
- As coisas nunca têm o peso que nós acreditamos que elas têm.
- Nenhum conselho funciona para você. Só para o outro.
Tá! Sou um pouco arrogante sim. Altivo. Mas talvez essa seja uma máscara que me ajuda a caminhar através das minhas adversidades. Assim como há pessoas com máscara de carência, de timidez, de felicidade ou de melancolia. Minha arrogância é superficial. Conheça-me e eu não te devoro!
Relaciono-me com todo o tipo de gente, mas não tolero burrice... preconceito? Talvez sim, talvez não. Porém os meus preferidos são os adolescentes! Minha efebofilia tem uma justificativa. A adolescência é a fase da vida onde mais temos estímulos para o aprendizado. Sexo, amor, amizade, família e cobranças de todos os lados. Qual a estratégia usada para administrar tantas crises internas? Não sei. Varia.
E assim continuarei minha epopéia rumo ao sentido da (minha) vida! Ou não.
sábado, janeiro 09, 2010
Inocência Brilhante
Três garotos estão brincando quando chega um menino bem mais novo:
- Oi, vocês tão brincando de que?
- De _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . [não entendi o nome da bincadeira]
- Posso brincar com vocês?
- Não.
- Tá bom.
Passa um tempo e a criança volta acompanhada da mãe, que pergunta pros outros meninos:
- Por que vocês não deixam ele brincar também?
- (...)
- Ele vai brincar com vocês, ouviram?
- (...)
- Olhem o tamanho de vocês e o tamanho dele. Vocês não podem deixar ele de fora das brincadeiras, vocês precisam ser amigos.
- Tá bom.
A criançada começa uma outra brincadeira: Bobinho com a bola de futebol. Adivinha quem é o primeiro (e eterno) bobinho?
Eu acredito que as crianças têm sabedoria suficiente para escolher quem pode ou não participar das suas brincadeiras. Certamente a primeira brincadeira não tinha um lugar para o menino mais novo e, após a exigência da mãe, as crianças escolheram uma brincadeira que fatalmente mostrou esta realidade à criança.
Crianças são sinceras e sua maldade não é elaborada, é natural. Pessoas são más. Até que a sociedade (nossa mãe) vem e diz que as regras precisam ser outras... A mãe é nosso primeiro vislumbre da falsidade imposta pela sociedade!
- Oi, vocês tão brincando de que?
- De _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . [não entendi o nome da bincadeira]
- Posso brincar com vocês?
- Não.
- Tá bom.
Passa um tempo e a criança volta acompanhada da mãe, que pergunta pros outros meninos:
- Por que vocês não deixam ele brincar também?
- (...)
- Ele vai brincar com vocês, ouviram?
- (...)
- Olhem o tamanho de vocês e o tamanho dele. Vocês não podem deixar ele de fora das brincadeiras, vocês precisam ser amigos.
- Tá bom.
A criançada começa uma outra brincadeira: Bobinho com a bola de futebol. Adivinha quem é o primeiro (e eterno) bobinho?
___________________________
Eu acredito que as crianças têm sabedoria suficiente para escolher quem pode ou não participar das suas brincadeiras. Certamente a primeira brincadeira não tinha um lugar para o menino mais novo e, após a exigência da mãe, as crianças escolheram uma brincadeira que fatalmente mostrou esta realidade à criança.
Crianças são sinceras e sua maldade não é elaborada, é natural. Pessoas são más. Até que a sociedade (nossa mãe) vem e diz que as regras precisam ser outras... A mãe é nosso primeiro vislumbre da falsidade imposta pela sociedade!
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Hoje eu estou enjoado...
... por isso, vou postar uma frase que li ontem. Estou lendo Clarice há 3 dias... estou SUPER INFLUENCIADO... "Às vezes me dá enjôo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta."
... mas hoje.... HOJE...
Eu tô enjoado!
... mas hoje.... HOJE...
Eu tô enjoado!
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Natal em Família:
Este post conta uma história. É bastante longo, mas vale a pena ser lido na íntegra pois esclarece algumas posições que uma família adota quando se defronta com algo "diferente". É um espelho de uma conversa através de e-mails que aconteceu perto de um Natal. [nomes e sobrenomes foram trocados para proteger a identidade dos mais caretas]
E-mail enviado em 27 de Novembro de 2003
Queridos sobrinhos
O natal, dia 24 será aqui em casa e estão todos convidados, é claro!!
Gostaria de saber o e-mail da Letícia para poder avisá-la.
Peço também a confirmação da presença para poder me organizar.
Beijos
Tia Elena
Resposta ao E-mail. Enviada em 28 de Novembro de 2003
Gostaria de saber se o Diogo pode ir.
Guilherme
E-mail de resposta. Enviado em 01 de Dezembro de 2003
Gui, Querido.
Olá, tudo bem?
E aí, já montou seu apartamento? Ficou legal?
Respondendo a sua pergunta:
Eu pensei bem, e acho que não seria uma boa idéia você trazer o Diogo no Natal.
Temos sempre que lembrar que o Natal é uma comemoração religiosa e que a Vovó Irene dá muita importância para estas situações. Sua avó tem 80 anos, não está muito bem de saúde, anda nervosa pois sua pressão já chegou a 20. Acho que temos o dever de respeitá-la e poupá-la de qualquer aborrecimento.
Ela jamais iria entender tal situação, assim como não entende qualquer coisa que aconteça de diferente com algum dos netos. E como diz aquele anúncio da tv (do liquidificador): "Ela é velha mas não é burra nem surda".
Eu, de minha parte, não tenho nada com sua vida particular. Acho que cada um tem o direito de escolher o que for melhor para si. Porém não gostaria de ter nenhum tipo de constrangimento na noite de Natal aqui em casa.
Peço que você pense bem nisto. Acho que a Vovó não merece se aborrecer justamente por um neto tão querido. Nós todos te queremos muito bem, você será sempre meu afilhado querido, e quero que saiba que eu torço para que você seja sempre muito feliz!!!
Um beijo grande,
Madrinha
Resposta à resposta. Enviada em 02 de Dezembro de 2003
Oi Madrinha!
Então! Montei o apê. Ainda faltam alguns detalhezinhos, mas já está a minha cara. Vou organizar algum "evento" para convidar a família (que quiser) pra conhecê-lo.
Comigo está tudo ótimo! Não poderia estar melhor em todos os sentidos: Pessoal, profissional, social, financeiramente... Então... sobre o Natal:
Sei que para a maioria das pessoas o Natal tem uma conotação religiosa e respeito isso. Pra mim é o tempo que as pessoas lembram de mostrar seu amor pelas outras. E, infelizmente, muita gente só faz isso no Natal. Eu procuro fazer o ano todo.
Não entenda essa minha atitude como algum tipo de "represália", mas preciso dizer que não vou poder ir ao Natal sem o Diogo. Desde que a gente começou a namorar a família dele simplesmente "esqueceu" que ele existe. Aos poucos estamos tentando contornar a situação para que eles aceitem os fatos como eles são, sem sentirem-se pressionados ou algo assim.
Ano passado, por causa dessa atitude da família do Diogo, passamos o Natal separados e não foi muito legal. Decidimos, então, que neste ano, passaríamos juntos. Houvesse o que houvesse.
No decorrer do ano, os pais de alguns amigos nossos (cientes do ocorrido no Natal passado) convidaram-nos para passar o Natal com eles e, muito provavelmente, é o que faremos. Tivemos convites de três famílias diferentes e vamos escolher (na verdade já escolhemos) uma delas.
Eu sei que a vovó está com 80 anos. Acho exagero da família este excesso de zelo (afinal não acredito que ela seja tão frágil assim) mas... cada um é cada um. Amo muito a vovó.. você, o padrinho, meu pai, todos os Moraes (primos e tios) e nossos agregados, mas já há algum tempo meu conceito de Natal mudou. Assim como meu conceito de família.
Não entenda isso, por favor, como "mal-agradecimento" mas acredito que o Natal a gente deva passar com aqueles que amamos e com quem nos preocupamos durante o ano todo. Infelizmente não sinto esse "AMOR" ou essa "PREOCUPAÇÃO" por parte da minha família durante o ano. (e MUITO MENOS pela parte da família da minha mãe... - meio que pra dar uns créditos para os Moraes).
Desde o episódio com o Renato (primo do Fernando) em Dezembro de 2002*, tomei algumas decisões (ao meu ver bastante coerentes) no que diz respeito ao meu relacionamento com a família.
*(nesta data, o Renato - que é primo de um primo - encontrou Guilherme em uma boate, dando-lhe um soco que arrancara seu dente incisivo. Grande parte da família sabia que Renato, havia muito tempo, nutria sentimentos destrutivos em relação a Guilherme, porém nenhum membro disse uma palavra a respeito. Até o fatídico acontecimento) [nota do Espetáculo - isso não faz parte do e-mail]
Obrigadão pelo seu apoio ao meu relacionamento e às minhas escolhas pessoais. Sempre achei que poderia contar com você, mesmo... e agora sei disso. Garanto a você, mesmo assim, que não haveria constrangimento algum na noite de Natal pois além de todos os primos e tios já conhecerem o Diogo, apesar de sermos "GAYS" sabemos nos portar e respeitar aos outros. Fomos bem educados pelas nossas famílias no quesito "VALORES E PRINCÍPIOS SOCIAIS".
Agradeço o convite, mas com o maior respeito sou obrigado a decliná-lo. Pelas razões expostas acima. E somente por estas razões.
Um grande beijão!
Guilherme (o melhor afilhado do mundo) :D
Interferência (benéfica) na comunicação entre a madrinha e o afilhado: Uma prima querida envia um e-mail para Guilherme (que havia extendido suas respostas para todos os destinatários do primeiro e-mail enviado pela madrinha. Isto é, todos seus primos e irmãos):
Oi Gui!
Legal receber notícias suas e saber que você está bem, feliz… enfim, realizando seus sonhos. Mesmo que tenha sido indiretamente e por causa de um assunto tão “desagradável” – não sei bem se essa é a palavra correta, mas acho que você entende o que quero “dizer”.
Desde que recebi seu e-mail perguntando se o Diogo poderia ir ao Natal, tenho pensado sobre o assunto e se eu não deveria manifestar minha opinião. É até engracado dizer que o conteúdo do seu e-mail não me surpreendeu nem um pouco e que, mesmo antes de abri-lo, já sabia o que iria ler.
Eu suspeitava que o Diogo enfrenta a maior barra e imagino como deve estar sendo difícil pra ele esse momento. E, querendo ou não, datas como essa sempre acabam mexendo com a gente. Acho ANIMAL a sua atidude de permanecer ao lado dele! Estou muito orgulhosa de você e sinto que você amadureceu muito no que diz respeito a relacionamentos.
Estou completamente de acordo que a família excede no zelo pela vovó e que ela nao é tão frágil assim. Acredito que na verdade eles querem SE proteger. Você poderia ir ao Natal com o Diogo sem dizer uma palavra. Se o problema fosse poupar a vovó da verdade, poderia ser dito, caso ela perguntasse, que você perguntou se poderia levar um amigo que não tem família ao Natal . Não sou a favor de mentiras, mas…
De qualquer forma, a vovó manteria sua discrição de sempre e não faria perguntas para as quais ela não quer uma resposta.
Eu gostaria mto de saber quando a família irá perceber que a vovó nao é burra e muito menos cega. Ela tem lá seus 80 anos, mas mesmo assim soube aceitar (na época em que morei com ela) que eu, finais de semana, na casa do meu namorado dormia [...] Acredito que a vovó não entenda muito bem as minhas escolhas e sei que ela ficou um pouco “escandalizada” no começo. Talvez eu não seja a neta dos seus sonhos. Mas eu sei que ela me ama muito e que, mesmo não estando muito de acordo com as
minhas decisões, ela escolheu ficar ao meu lado e me aceitar assim como eu sou.
E acredito que no seu caso ela faria o mesmo. Na minha opinião a família comete um erro. E penso muito, no momento, se eu não deveria também endereçar as linhas acima aos Moraes e seus agregados. Acredito que o que deixa a vovó realmente feliz é ter todos nós, sem exceção, ao seu lado. Por que ela
sempre faz questao de rezar no Natal por aqueles que nao estão presentes?
Quanto ao "AMOR e PREOCUPAÇÃO por parte da família": eu também faco parte da família. Carrego o sobrenome Moraes e agradeço por isso pois, por esse motivo posso encher minha boca de orgulho e dizer que tenho primos maravilhosos como você.
Não generalize Gui. Os Moraes também tem coracao (risos). Na verdade eles são as vítimas. E nós? Nós somos privilegidos por termos quebrado as correntes que ainda os impedem de serem livres e até mesmo felizes.
Te amo muito!
Muitos beijos aos dois,
Marina
Resposta final enviada em 10 de Dezembro:
Querido Gui,
Gostei muito da sua resposta, achei você muito seguro, coerente e sincero. Concordo com tudo que você disse e gostaria de em qualquer oportunidade, conversar sobre este assunto pessoalmente. Talvez você possa me fazer entender um monte de coisa que uma balzaquiana como eu não consegue atingir!
Só ficarei triste por você não estar conosco no dia de Natal. Sentirei a sua falta. Lembre-se sempre que eu também te amo muito!!
Beijos
Madrinha
Se você teve paciência para chegar até aqui, espero que este post faça por você o que essa troca de e-mails fez para o Guilherme. Hoje ele não está mais com o Diogo. Eles ficaram juntos por 4 anos. E têm uma história de coragem juntos. Coragem de ser quem são. Diogo está em paz com sua família (até onde as palavras PAZ e FAMÍLIA conseguem conviver) e Guilherme tem uma tranquilidade surpreendente.
E-mail enviado em 27 de Novembro de 2003
Queridos sobrinhos
O natal, dia 24 será aqui em casa e estão todos convidados, é claro!!
Gostaria de saber o e-mail da Letícia para poder avisá-la.
Peço também a confirmação da presença para poder me organizar.
Beijos
Tia Elena
Resposta ao E-mail. Enviada em 28 de Novembro de 2003
Gostaria de saber se o Diogo pode ir.
Guilherme
E-mail de resposta. Enviado em 01 de Dezembro de 2003
Gui, Querido.
Olá, tudo bem?
E aí, já montou seu apartamento? Ficou legal?
Respondendo a sua pergunta:
Eu pensei bem, e acho que não seria uma boa idéia você trazer o Diogo no Natal.
Temos sempre que lembrar que o Natal é uma comemoração religiosa e que a Vovó Irene dá muita importância para estas situações. Sua avó tem 80 anos, não está muito bem de saúde, anda nervosa pois sua pressão já chegou a 20. Acho que temos o dever de respeitá-la e poupá-la de qualquer aborrecimento.
Ela jamais iria entender tal situação, assim como não entende qualquer coisa que aconteça de diferente com algum dos netos. E como diz aquele anúncio da tv (do liquidificador): "Ela é velha mas não é burra nem surda".
Eu, de minha parte, não tenho nada com sua vida particular. Acho que cada um tem o direito de escolher o que for melhor para si. Porém não gostaria de ter nenhum tipo de constrangimento na noite de Natal aqui em casa.
Peço que você pense bem nisto. Acho que a Vovó não merece se aborrecer justamente por um neto tão querido. Nós todos te queremos muito bem, você será sempre meu afilhado querido, e quero que saiba que eu torço para que você seja sempre muito feliz!!!
Um beijo grande,
Madrinha
Resposta à resposta. Enviada em 02 de Dezembro de 2003
Oi Madrinha!
Então! Montei o apê. Ainda faltam alguns detalhezinhos, mas já está a minha cara. Vou organizar algum "evento" para convidar a família (que quiser) pra conhecê-lo.
Comigo está tudo ótimo! Não poderia estar melhor em todos os sentidos: Pessoal, profissional, social, financeiramente... Então... sobre o Natal:
Sei que para a maioria das pessoas o Natal tem uma conotação religiosa e respeito isso. Pra mim é o tempo que as pessoas lembram de mostrar seu amor pelas outras. E, infelizmente, muita gente só faz isso no Natal. Eu procuro fazer o ano todo.
Não entenda essa minha atitude como algum tipo de "represália", mas preciso dizer que não vou poder ir ao Natal sem o Diogo. Desde que a gente começou a namorar a família dele simplesmente "esqueceu" que ele existe. Aos poucos estamos tentando contornar a situação para que eles aceitem os fatos como eles são, sem sentirem-se pressionados ou algo assim.
Ano passado, por causa dessa atitude da família do Diogo, passamos o Natal separados e não foi muito legal. Decidimos, então, que neste ano, passaríamos juntos. Houvesse o que houvesse.
No decorrer do ano, os pais de alguns amigos nossos (cientes do ocorrido no Natal passado) convidaram-nos para passar o Natal com eles e, muito provavelmente, é o que faremos. Tivemos convites de três famílias diferentes e vamos escolher (na verdade já escolhemos) uma delas.
Eu sei que a vovó está com 80 anos. Acho exagero da família este excesso de zelo (afinal não acredito que ela seja tão frágil assim) mas... cada um é cada um. Amo muito a vovó.. você, o padrinho, meu pai, todos os Moraes (primos e tios) e nossos agregados, mas já há algum tempo meu conceito de Natal mudou. Assim como meu conceito de família.
Não entenda isso, por favor, como "mal-agradecimento" mas acredito que o Natal a gente deva passar com aqueles que amamos e com quem nos preocupamos durante o ano todo. Infelizmente não sinto esse "AMOR" ou essa "PREOCUPAÇÃO" por parte da minha família durante o ano. (e MUITO MENOS pela parte da família da minha mãe... - meio que pra dar uns créditos para os Moraes).
Desde o episódio com o Renato (primo do Fernando) em Dezembro de 2002*, tomei algumas decisões (ao meu ver bastante coerentes) no que diz respeito ao meu relacionamento com a família.
*(nesta data, o Renato - que é primo de um primo - encontrou Guilherme em uma boate, dando-lhe um soco que arrancara seu dente incisivo. Grande parte da família sabia que Renato, havia muito tempo, nutria sentimentos destrutivos em relação a Guilherme, porém nenhum membro disse uma palavra a respeito. Até o fatídico acontecimento) [nota do Espetáculo - isso não faz parte do e-mail]
Obrigadão pelo seu apoio ao meu relacionamento e às minhas escolhas pessoais. Sempre achei que poderia contar com você, mesmo... e agora sei disso. Garanto a você, mesmo assim, que não haveria constrangimento algum na noite de Natal pois além de todos os primos e tios já conhecerem o Diogo, apesar de sermos "GAYS" sabemos nos portar e respeitar aos outros. Fomos bem educados pelas nossas famílias no quesito "VALORES E PRINCÍPIOS SOCIAIS".
Agradeço o convite, mas com o maior respeito sou obrigado a decliná-lo. Pelas razões expostas acima. E somente por estas razões.
Um grande beijão!
Guilherme (o melhor afilhado do mundo) :D
Interferência (benéfica) na comunicação entre a madrinha e o afilhado: Uma prima querida envia um e-mail para Guilherme (que havia extendido suas respostas para todos os destinatários do primeiro e-mail enviado pela madrinha. Isto é, todos seus primos e irmãos):
Oi Gui!
Legal receber notícias suas e saber que você está bem, feliz… enfim, realizando seus sonhos. Mesmo que tenha sido indiretamente e por causa de um assunto tão “desagradável” – não sei bem se essa é a palavra correta, mas acho que você entende o que quero “dizer”.
Desde que recebi seu e-mail perguntando se o Diogo poderia ir ao Natal, tenho pensado sobre o assunto e se eu não deveria manifestar minha opinião. É até engracado dizer que o conteúdo do seu e-mail não me surpreendeu nem um pouco e que, mesmo antes de abri-lo, já sabia o que iria ler.
Eu suspeitava que o Diogo enfrenta a maior barra e imagino como deve estar sendo difícil pra ele esse momento. E, querendo ou não, datas como essa sempre acabam mexendo com a gente. Acho ANIMAL a sua atidude de permanecer ao lado dele! Estou muito orgulhosa de você e sinto que você amadureceu muito no que diz respeito a relacionamentos.
Estou completamente de acordo que a família excede no zelo pela vovó e que ela nao é tão frágil assim. Acredito que na verdade eles querem SE proteger. Você poderia ir ao Natal com o Diogo sem dizer uma palavra. Se o problema fosse poupar a vovó da verdade, poderia ser dito, caso ela perguntasse, que você perguntou se poderia levar um amigo que não tem família ao Natal . Não sou a favor de mentiras, mas…
De qualquer forma, a vovó manteria sua discrição de sempre e não faria perguntas para as quais ela não quer uma resposta.
Eu gostaria mto de saber quando a família irá perceber que a vovó nao é burra e muito menos cega. Ela tem lá seus 80 anos, mas mesmo assim soube aceitar (na época em que morei com ela) que eu, finais de semana, na casa do meu namorado dormia [...] Acredito que a vovó não entenda muito bem as minhas escolhas e sei que ela ficou um pouco “escandalizada” no começo. Talvez eu não seja a neta dos seus sonhos. Mas eu sei que ela me ama muito e que, mesmo não estando muito de acordo com as
minhas decisões, ela escolheu ficar ao meu lado e me aceitar assim como eu sou.
E acredito que no seu caso ela faria o mesmo. Na minha opinião a família comete um erro. E penso muito, no momento, se eu não deveria também endereçar as linhas acima aos Moraes e seus agregados. Acredito que o que deixa a vovó realmente feliz é ter todos nós, sem exceção, ao seu lado. Por que ela
sempre faz questao de rezar no Natal por aqueles que nao estão presentes?
Quanto ao "AMOR e PREOCUPAÇÃO por parte da família": eu também faco parte da família. Carrego o sobrenome Moraes e agradeço por isso pois, por esse motivo posso encher minha boca de orgulho e dizer que tenho primos maravilhosos como você.
Não generalize Gui. Os Moraes também tem coracao (risos). Na verdade eles são as vítimas. E nós? Nós somos privilegidos por termos quebrado as correntes que ainda os impedem de serem livres e até mesmo felizes.
Te amo muito!
Muitos beijos aos dois,
Marina
Resposta final enviada em 10 de Dezembro:
Querido Gui,
Gostei muito da sua resposta, achei você muito seguro, coerente e sincero. Concordo com tudo que você disse e gostaria de em qualquer oportunidade, conversar sobre este assunto pessoalmente. Talvez você possa me fazer entender um monte de coisa que uma balzaquiana como eu não consegue atingir!
Só ficarei triste por você não estar conosco no dia de Natal. Sentirei a sua falta. Lembre-se sempre que eu também te amo muito!!
Beijos
Madrinha
Se você teve paciência para chegar até aqui, espero que este post faça por você o que essa troca de e-mails fez para o Guilherme. Hoje ele não está mais com o Diogo. Eles ficaram juntos por 4 anos. E têm uma história de coragem juntos. Coragem de ser quem são. Diogo está em paz com sua família (até onde as palavras PAZ e FAMÍLIA conseguem conviver) e Guilherme tem uma tranquilidade surpreendente.
quarta-feira, janeiro 06, 2010
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Clarice Me Dice...
Estou assim, hoje. Me sinto assim regularmente. É clichê também, mas é verdade!
À ponta do lápis o traço.
Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto.
Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou. Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra.
Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morto é para a realidade que vou.
Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar.
Mim é um eu que anuncio. Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morto engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu o que necessita, o que pede, o que chora, o que se lamenta. Mas o que canta. O que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.
Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxo que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente. Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente. Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.
domingo, janeiro 03, 2010
Entardecer
O amanhecer ficou para trás. A descoberta dos novos cheiros e das cores que o sol aos poucos revelava durante as primeiras horas da manhã já faz parte do passado e o astro está cruzando o ponto mais alto do céu.
Agora não dá mais para me esconder. A sombra está exatamente sob meus pés e eu, tal qual um protagonista no teatro, estou completamente iluminado. Por todos os lados. É o meu grande momento. Agora é a hora de "dar" meu texto. Sem erros. O ensaio foi ontem!
Espero que as palavras alcancem seu objetivo. Tomara que o que digo faça sentido para você também!
Depois de soltas as palavras criam vida própria e, incontestavelmente, não há mais retorno. O que eu direi agora é a mais pura verdade!
Ouça com atenção, eu não vou repetir. A vida é um espetáculo de um ato só. Haverá aplausos no final do meu?
Agora não dá mais para me esconder. A sombra está exatamente sob meus pés e eu, tal qual um protagonista no teatro, estou completamente iluminado. Por todos os lados. É o meu grande momento. Agora é a hora de "dar" meu texto. Sem erros. O ensaio foi ontem!
Espero que as palavras alcancem seu objetivo. Tomara que o que digo faça sentido para você também!
Depois de soltas as palavras criam vida própria e, incontestavelmente, não há mais retorno. O que eu direi agora é a mais pura verdade!
Ouça com atenção, eu não vou repetir. A vida é um espetáculo de um ato só. Haverá aplausos no final do meu?
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