domingo, outubro 18, 2009

Meias Verdades e Mentiras Completas

Neste momento, eu choro.

Uma mistura de tristeza, raiva, desânimo, impotência e decepção. Tudo isso por causa de uma mentira boba. Dita ontem.

No início desta semana estive em São Paulo e tive 3 dias de oportunidade para encontrar com alguém de quem gosto muito. Terça, Quarta e Quinta. Não deu.

Durante os três dias, fiquei nutrindo esperanças que daria tempo nem que fosse para um beijo, um abraço ou um "OI" ao vivo. Algo para quebrar a distância e a impessoalidade das nossas ligações telefônicas das últimas semanas... Mas não. Simplesmente não rolou. Tentamos, mas as condições não nos favoreceram. Paciência.

O que me deixou bastante decepcionado foi a falta de honestidade comigo. Sou muito simplista: Dá, dá. Não dá, não dá. E ponto. Mas fui enrolado. Ludibriado. Foram me dadas falsas esperanças de um encontro romântico e agradável... em vão. Nunca ocorreu. O motivo? Falta de dinheiro.

Desde quando 10 reais te afastaram de alguém que você diz amar?

MEA CULPA.

EU que acreditei. No fundo eu sabia que não ia rolar... mas esperava estar errado. Não estava.

Abri meu coração! Fui taxado de egoísta, desumano, grosso... só por demonstrar minha indignação com as promessas não cumpridas. Mas o amor perdoa. E eu esqueci. Não sem antes passar um sermão sobre como eu sei muito bem lidar com verdades e muito mal com mentiras. Tentei esclarecer que as verdades me deixam tranquilo e as mentiras me magoam. Elucidei o fato de ter SEMPRE sido sincero comigo e com os meus queridos e delineei minha ojeriza à falsidade alheia, talvez por ser tão sincero...

Voltei para o interior na quinta-feira e brinquei: -É, agora que eu estou longe, você vai curtir o final de semana sem mim. A resposta foi seca e ríspida: -Não tenho dinheiro!

Ontem, antes de me deitar (detalhe: sexta-feira às 23:30h - quem me conhece entende a raridade deste fato) liguei para dar boa noite e ouvi o barulho: - Onde você está?

...

Hoje eu descobri a última mentira. Não estou mais a fim. EU perdi o jogo. Não sei mais as regras. Ou, talvez, nunca soube. Há quem diga que me transformo lentamente num velho ranzinza. Eu gostaria de acreditar que só escolhi algumas pessoas erradas... E que ainda há uma chance de eu ser feliz dizendo (e ouvindo) verdades.

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