- Oi, vocês tão brincando de que?
- De _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . [não entendi o nome da bincadeira]
- Posso brincar com vocês?
- Não.
- Tá bom.
Passa um tempo e a criança volta acompanhada da mãe, que pergunta pros outros meninos:
- Por que vocês não deixam ele brincar também?
- (...)
- Ele vai brincar com vocês, ouviram?
- (...)
- Olhem o tamanho de vocês e o tamanho dele. Vocês não podem deixar ele de fora das brincadeiras, vocês precisam ser amigos.
- Tá bom.
A criançada começa uma outra brincadeira: Bobinho com a bola de futebol. Adivinha quem é o primeiro (e eterno) bobinho?
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Eu acredito que as crianças têm sabedoria suficiente para escolher quem pode ou não participar das suas brincadeiras. Certamente a primeira brincadeira não tinha um lugar para o menino mais novo e, após a exigência da mãe, as crianças escolheram uma brincadeira que fatalmente mostrou esta realidade à criança.
Crianças são sinceras e sua maldade não é elaborada, é natural. Pessoas são más. Até que a sociedade (nossa mãe) vem e diz que as regras precisam ser outras... A mãe é nosso primeiro vislumbre da falsidade imposta pela sociedade!
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